segunda-feira, 29 de março de 2010

Educação inclusiva

UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS
O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico.
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas também as que são pobres, as que não vão às aulas porque trabalham, as que pertencem a grupos discriminados, as que de tanto repetir desistiram de estudar.

http://www.pro-inclusao.org.br/textos.html

sábado, 20 de março de 2010

Dica de filme "Meu nome é Rádio"



No filme, Meu nome é Rádio, o autor denuncia antes de tudo a exclusão social que faz com que as pessoas que apresentam necessidades especiais fiquem à margem da sociedade e sejam vistas como alguém que tem uma doença contagiosa, ou que cometeu um crime hediondo ou ainda que não tem a menor importância e capacidade. Denuncia essa que usa como refúgio a base de uma história real, através da personagem RADIO que a princípio é alguém rejeitado, apesar de aparentemente feliz.Logo a seguir faz-nos refletir sobre a necessidade do ser humano de viver em sociedade, de ter amizades e oportunidade de se desenvolver na convivência com seus semelhantes apesar das diferenças, dificuldades e deficiências que todos temos.Mostra-nos também que através da compreensão, da ajuda, da amizade incondicional e da aceitação as pessoas podem se tornar melhores e serão plenamente capazes de se desenvolverem. RÁDIO, no início do filme, mal conseguia falar e no desenrolar do enredo, principalmente pela confiança demonstrada pelo técnico Jones, torna-se outra pessoa: expansiva, comunicativa; RÁDIO sai da introspecção para a alegria de aprender a ler e escrever, ser o anunciante do cardápio do dia no microfone da escola e o assistente do técnico Jones, seu protetor e incentivador.Algumas perseguições e rejeições ainda são abordadas: os colegas de colégio que tentam se aproveitar da “inocência” de RÁDIO para prejudica-lo, fazendo valer o estigma de que pessoas como ele devem ser excluídas, pois são uma ameaça para os ditos “normais”; as pessoas da comunidade que se mostram intolerantes e excludentes, pois não querem aceitar a presença de RÁDIO no colégio e sua participação ativa no dia a dia do mesmo.O filme baseia-se na história real de James Robert Kennedy, o fã número um do time T. L. Hanna High School, da cidade de Anderson (Carolina do Sul), baseada em um artigo escrito por Gary Smith, na revista Illustrated. O time supracitado é dirigido pelo técnico Jones que nos mostra o desprendimento de raríssimas pessoas em aceitarem as outras como elas são e a partir disso fazer a diferença na vida das mesmas. Tal atitude chega a causar estranheza na maioria das pessoas. A mãe de RÁDIO demonstra essa estranheza ao se mostrar arredia de início e perguntar ao técnico Jones quais eram os motivos que o moviam a ajudar o filho dela.O técnico Jones, por sua determinação, faz com que aos poucos as pessoas admirem e respeitem seu protegido. Além das temáticas acima citadas, aborda-se no filme a necessidade de estabelecer prioridades na vida e de perceber que aqueles que nos cercam, principalmente a nossa família, devem vir em primeiro lugar, antes da busca pelo sucesso, pelo poder; a nossa dedicação primeira deve ser o SER e não o TER, isso faz-se presente na tomada de consciência do técnico Jones quando o mesmo percebe que estava deixando as pessoas que amava em segundo plano e através do desenvolvimento de RÁDIO o técnico pode concluir que vale a pena se dedicar a quem amamos.“Meu nome é Rádio” é um filme a que vale a pena assistir. Indicado para pais, jovens e educadores. É uma história sensível e edificante que tem a contribuição de excelentes atores, uma trilha sonora emocionante e envolvente; sem imagens fantásticas mas simples e marcantes; sem muitos efeitos especiais, pois a retratação de tão esplêndida e comovente realidade exige o destaque das coisas simples, porém verdadeiras.É um daqueles filmes a que você assiste várias vezes e sempre aprende uma nova lição. Deu-me a certeza de que a convivência social saudável transforma-nos e que as nossas deficiências podem ser minimizadas quando aceitas pelos outros e por nós mesmos. É um filme inesquecível e altamente recomendável.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Faça a diferença!

Assim como Jesus foi solidário e continua sendo ainda hoje, Ele nos inspira à solidariedade. É ele também que perdoa as nossas falhas e nos impulsiona a serví-lo. "Tudo o que fizerdes a um desses pequeninos, a mim o fizestes". Que ele nos impulsione ainda mais a sermos sensíveis às necessidades dos outros e favorecendo-lhes com nossas ações.
Pastor Waldyr Hoffmann.

O mestre dos mestres quem é que pode contestar?

Faça você também a sua parte!

HÁ QUEM PASSE PELA VIDA...




Há quem passe e deixe só cicatrizes,
Há quem passe semeando flores.
Há quem passe banhando-nos em lágrimas,
Há quem passe disposto a secá-las.
Há quem passe torcendo por nossa vitória,
Há quem passe aplaudindo nossos fracassos.
Há quem passe ajudando-nos a levantar,
Há quem passe fazendo-nos cair.
Há quem passe como sombra,
Há quem passe como luz.
Há quem passe como pedra no caminho,
Há quem passe como pedra de construção.
Há quem para todo todo deslize veja uma falha
irreparável,
Há quem nos ofereça o perdão.
Há quem ignore nossos erros,
Há quem nos ajude a corrigir.
Há quem passe rápido, veloz, despercebido,
Há quem deixe marcas profundas.
Há quem simplesmente passe,
Há quem fique para sempre no coração.
Há quem passe pela vida,
Mas, há quem não deixe a vida passar
Sem um gesto de carinho,
Sem o AMOR ofertar!



Regina Célia Suppi

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DIVERSIDADE CULTURAL NO MUNDO ATUAL

Para a existência de uma Sociedade Global, seria necessário uma interconexão de todo o
planeta em todos os sentidos: cultural, social, com relação aos gostos, ao consumo etc. A existência
dos Estados-nações, a definição de territórios, a língua, os costumes, a diversidade cultural, as
particularidades regionais e étnicas dos povos, são fatores que impedem a existência de uma
Sociedade Global.
A informação globalizada somada à massificação da cultura, leva à descaracterização e
alienação do indivíduo. Se por um lado retiram a identidade individual, por outro, alimentam a busca
de identificações. As tendências mundiais, muitas vezes assumem um caráter local, ou seja,
paralelamente ao espaço global, continua a se construir um espaço local.
Atualmente, os termos preconceito, conflitos étnicos, discriminação racial e xenofobia
(aversão ou preconceito ao que é diferente) são cada vez mais constantes nos meios de
comunicação.
Para melhor entendê-los, é necessário analisar a idéia de superioridade que alguns povos
têm em relação a “outros”, podendo estar baseada em justificativas religiosas, econômicas e
culturais, entre outras.
E quais são os “outros”? Para muitos palestinos, os israelenses, sendo a recíproca
verdadeira; para alguns norte-americanos, os negros e imigrates latinos; para alguns paulistas, os
nordestinos; para muitos habitantes das grandes cidades brasileiras, qualquer morador da favela.
Nos primórdios da história, o indivíduos se identificava basicamente com a família, o clã e a
aldeia. O relativo isolamento das pessoas fez com que cada grupo fosse criando mecanismos
próprios para se relacionar com a natureza, estabelecimento de formas de relacionamento social,
possibilitando assim, o desenvolvimento de crenças, de formas de comunicação, de idiomas, de
manifestações artísticas, de costumes, de métodos e equipamentos de produção diferentes.
Propiciou, portanto, o aparecimento de culturas diversas, que determinaram a caracterização de
povos diversos.
Os esporádicos contatos entre os grupos promoveram assimilações entre culturas diversas.
Tais assimilações, com o tempo foram se intensificando, em virtude das migrações, das guerras, do
desenvolvimento e do crescimento da atividade comercial.
O encontro de uma cultura com outra traz consigo a avaliação recíproca, o julgamento da
cultura do “outro”. A análise da outra cultura é feita de modo a considerar a sua como a ideal,
passando, muitas vezes, a desprezar os valores, o conhecimento, a cultura do “outro”, e até mesmo
os atributos físicos, como cor da pele, tipo de cabelo, etc.
Com isso, se estabelece o etnocentrismo, que deriva de etnia (reunião de indivíduos que
partilham a mesma cultura). O etnocentrismo refere-se à idéia de que o povo do qual se faz parte,
aliado à sua cultura particular, é superior aos “outros”.
A partir do século passado, as nações européias passaram a conquistar diversas áreas da
terra, dominando povos. Com isso, a cultura européia, com seus valores, suas normas, leis,
vestimentas e crenças, foi imposta aos povos dominados da América, Ásia, África e Oceania. Por
outro lado, os europeus também assimilaram aspectos culturais desses povos.
Um dos aspectos importantes da civilização ocidental foi a contribuição dos Estados Unidos,
que assimilaram, através da colonização, a cultura européia, reforçando o individualismo, nascido
com os ideais da Revolução Francesa, baseado no homem que vence na vida graças aos seus
próprios esforços, e o consumismo, alicerçado na busca constante por inovações e a acumulação
de bens.
A influência da cultura ocidental está presente em praticamente todos os recantos do planeta,
embora se misture com elementos culturais locais. Sociedades da América, Ásia, África e Oceania, passaram a ter formas de governo, estruturas
produtivas, tipos de relações sociais e de trabalho, costumes, hábitos e valores moldados na Europa
e nos Estados Unidos.
Entretanto, nos países em que os valores ocidentais foram levados, sem que ocorressem
dominação política, essas sociedades não poderiam ser consideradas integrantes da civilização
ocidental. É o caso do Japão, detentor de cultura diferente da ocidental. A cultura japonesa valoriza
o coletivo, a família, e não o individual, embora passe por profundas transformações.
Se por um lado, o Japão assimilou a modernidade, os avanços tecnológicos, a
industrialização e urbanização, por outro, devido ao seu elevado desenvolvimento industrial, muitas
de suas técnicas de produção foram assimiladas no Ocidente, e produtos desenvolvidos lá, são
fabricados e comercializados por empresas de diversos países, como o walkman, por exemplo.
As diversas nações dentro de um país, aliadas às questões da não-aceitação das diferenças,
têm propiciado o desenvolvimento das lutas nacionalistas. Esses nacionalistas reivindicam para as
suas nações, a constituição de um Estado ou país. É o caso dos palestinos, em Israel, e dos curdos,
na Turquia e Iraque, por exemplo.
Todas as culturas representam formas de existência de uma coletividade humana num certo
espaço. Formas que mudam ou se aperfeiçoam com o tempo. A troca de experiências foi marcante
na história das civilizações. A diversidade cultural é uma riqueza, um bem a ser preservado e
estimulado. Ela permite caminhos e experiências distintas que costumam cruzar-se ou estimular uns
aos outros, promovendo a geração de inovações e aperfeiçoamentos.

A expansão dos meios de comunicação de massa é responsável pela difusão das diversas
culturas pelo mundo. Entretanto, nem todas as sociedades são afetadas por culturas de outros
países. Algumas por viverem isoladas ou relativamente inacessíveis, devido à precariedade dos
meios de transporte e comunicação. Outras, por não se sentirem satisfeitas ao ver suas culturas
influenciadas por culturas diferentes.



Bibliografia consultada:

Vesentini, J. William. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1999.